terça-feira, 5 de maio de 2009

MANOEL DE ALMEIDA CRUZ

Autor: Hamilton Vieira


O sociólogo e educador baiano, Manoel de Almeida Cruz foi pioneiro no Brasil a propor uma pedagogia interétnica voltada para o respeito às diversidades culturais existentes em todo país, no começo da década de 1970. A idéia do educador era acabar com as discriminações existentes sobre os descendentes de africanos no espaço das escolas, que contribuem para desenvolver no alunado negro sentimento de baixa-estima.


A observação foi feita pelo mestre em Educação, o catarinense, Ivan Costa Lima, na tarde de quinta-feira (14/9), durante a mesa Uma Proposta Pedagógica do Movimento Negro do Brasil: Pedagogia Interétnica - Uma Ação de Combate ao Racismo, no IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE), que acontece até sábado (16/9) na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador.


Ivan Lima ressaltou que a sua pesquisa é sobre ações na área da educação implementadas pelo Movimento Negro Brasileiro, entre os anos de 1970-80, quando não era muito amplo os debates sobre a problemática do negro nas escolas. A atuação de Manoel Almeida é exemplar para os educadores e educadoras que vêm na educação uma forma de combate ao racismo, pontuou o pesquisador.


Na sua conferência, o estudioso destacou que o trabalho de Manoel Cruz deveria ser mais divulgado pelo seu caráter pioneiro. Três décadas antes da implementação da Lei 10.639, o educador e sociólogo baiano já se preocupava em implementar nas escolas formas de combate o racismo, e isso é muito importante porque atesta a relevância do trabalho de Manoel, informou Ivan Lima.


Hamilton Vieira,ACS IV COPENESalvador, 15/9/06

Um comentário:

  1. Sou professora da Escola Municipal Prof. Manoel de Almeida Cruz, situada em Cajazeira XI. Creio que mais que nomear esse estabelecimento, o professor Manoel nos incentiva, a cada dia, a escrever a nossa página na história em resistência ao silenciamento, às diásporas e ao epistemicídio. Parabéns pela atenção àqueles(as) que compreenderam bem antes que não há caminho,e sim, o caminhar.

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