Nasceu na Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos , em 12 de setembro de 1839 — Salvador, Estado da Bahia, foi um médico, professor, lingüista e educador brasileiro, filólogo de mérito e educador de amplíssimos conhecimentos, cuidadoso na correção da linguagem, foi pioneiro no Brasil de uma gramática constituída em função da língua falada, afro-descendente, que passou à História sobretudo pela polêmica mantida com Ruy Barbosa, seu ex-aluno, acerca da revisão ortográfica do Código Civil Brasileiro.
Mudou-se para a Capital, onde realizou os estudos de humanidade, estudou no Liceu Provincial de Salvador onde aprendeu os primeiros fundamentos educacionais e na Faculdade de Medicina da Bahia, onde finalmente diplomou-se em 1854. Ainda como estudante dedica-se ao magistério, sobretudo no Ginásio Baiano, de Abílio César Borges - já consagrado educador. Em 1874 fundou o Colégio da Bahia, que durou até 1883. No ano seguinte fundou um colégio com seu nome ,Ginásio Carneiro Ribeiro, o qual dirigiu por 36 anos .
Participou, quando recém-proclamada a República, de uma comissão formada pelo governador Manuel Vitorino, destinada a elaborar um plano de ação educacional.
Era casado com Maria Francisca Ribeiro, com quem teve vários filhos, alguns dos quais seguiram-lhe a carreira como professores, com destaque para o quarto deles, Helvécio Carneiro Ribeiro.
No ano de 1902 Carneiro Ribeiro foi incumbido, por J. J. Seabra, de realizar a revisão do Projeto de Código Civil, apresentado por Clóvis Beviláqua que pela primeira vez iria viger no Brasil - então regido por antigas e esparsas leis das Ordenações. Para tanto, foi-lhe dado o prazo de apenas quatro dias - que cumpriu, de forma lapidar.
Por razões políticas - Seabra era antigo desafeto e adversário político, na Bahia - Ruy Barbosa engendrou ali uma importante polêmica, que serviu para revelar o profundo conhecimento filológico de Carneiro Ribeiro, refutando as críticas do ex-aluno (vide a obra "A Redacção do Projecto do Codigo Civil e a Replica do Dr. Ruy Barbosa pelo Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro - lente jubilado do governador da Bahia, Bahia, 1905, 899 páginas).
O estudioso expôs e defendeu a normatização de peculiaridades do idioma português, falado no Brasil - diferente das gramáticas então existentes - sendo neste particular o pioneiro no país. A publicação dos oito volumes do Projeto do Código Civil Brasileiro, do jurista e magistrado brasileiro Clóvis Beviláqua (1859-1944), publicado pela Imprensa Nacional (1902), deu origem aos seus famosos debates lingüísticos com o famoso político e jurisconsulto brasileiro Rui Barbosa (1849-1923), em cima do Parecer desse senador sobre a matéria. A Imprensa Nacional editou os oito volumes do Projeto de Clóvis Beviláqua, e, ao mesmo tempo, o Parecer do senador Rui Barbosa sobre a matéria. Envolvido a contragosto na apreciação do projeto, iniciou com Rui Barbosa, seu antigo aluno, a polêmica, destacando certos aspectos do português no Brasil que não eram percebidos pelos gramáticos, tornando-se no país o pioneiro de uma gramática constituída em função da língua falada. Sobre o assunto publicou A redação do projeto do código civil (1902) e A réplica do dr. Rui Barbosa (1905).
Dentre os alunos formados sob os auspícios do lente baiano destacam-se Ruy Barbosa, Euclides da Cunha, Rodrigues Lima e muitos outros que ocuparam posições de destaque na vida política e intelectual, no período que compreende o fim do Império ao início da República.
Sua principal obra - Serões Gramaticais - publicada inicialmente em 1890 e reeditada em 1915, constitui-se num "verdadeiro monumento da língua portuguesa" (no dizer de Antônio Loureiro de Souza, in "Bahianos Ilustres", Salvador, 1949).
Ernesto Carneiro Ribeiro faleceu em sua terra natal, em 13 de novembro (1920), com 81 anos.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Carneiro_Ribeiro
ele era tipo um cara iradolegal?
ResponderExcluirNão conhecia estas informaçãoes sobre Carneiro Ribeiro, fiquei muito feliz por aprender.
ResponderExcluirNão tinha conhecimento sobre a vida de Carneiro Ribeiro, gostei muito das informações.
Ivonildes Vasconcelos de Jesus.