domingo, 27 de julho de 2008

DIRETOR-GERAL DE ESTUDOS DA BAHIA

Origem do cargo de Secretário da Educação

Autor: Fernando Paixão

Em 1842, foi criado na Bahia o Conselho de Instrução Pública que tinha as mais diversas atribuições em relação à educação em todo o Estado. No governo de Francisco Gonçalves Martins, Visconde de São Lourenço, em 19 de novembro de 1849, esse conselho criou, através da Res.nº378 de 19/11/1849, o cargo de Diretor-Geral dos Estudos, cargo que se tornou muito importante para a evolução da educação baiana, dando origem também a vários projetos e sugestões para a reforma da instrução durante os anos seguintes. Esse posto foi ocupado por representantes responsáveis por grandes modificações para a melhoria do sistema de ensino nascente na Bahia, sendo extinto em abril de 1896, quando foi criado o cargo Inspetor Geral do Ensino, subordinado à Secretaria do Interior, Justiça e Instrução Pública.

1º Diretor- Geral dos Estudos: Dr. Casemiro de Sena Madureira, de 19/11/1849 a 8/5/1854;
2º Diretor- Geral dos Estudos: foi Luís Antonio Pereira Franco, de 8/5/1854 a 28/2/1856;
3º Diretor- Geral dos Estudos: foi Abílio César Borges, de 28/2/1856 a 28/07/1857;
4º Diretor- Geral dos Estudos: foi João Antonio de Azevedo Chaves, de 28/07/1857 a 16/03/1860;
5º Diretor- Geral dos Estudos: foi João José Barbosa de Oliveira, de 16/03/1860 a 16/03/1868;
6º Diretor- Geral dos Estudos: foi José Antonio Saraiva, de 16/03/1860 a 10/09/1860(interino);
7º Diretor- Geral dos Estudos: foi Francisco José da Silva e Almeida, de 22/5/1862 a 27/9/1862(interino);
8º Diretor- Geral dos Estudos: foi Antonio Alvares da Silva, de 27/9/1862 a 05/12/1863(interino);
9º Diretor-Geral dos Estudos: foi João Antunes d´Azevedo Chaves, de 05/12/1863 a 29/04/1865(interino);
10º Diretor-Geral dos Estudos: foi Francisco José Pedreira d´Albuquerque, de 29/04/1865 a 30/01/1867(interino);
11º Diretor- Geral dos Estudos: foi Francisco Pereira de Souza, de 10/08/1868 a 15/2/1870;
12º Diretor- Geral dos Estudos: foi Francisco José da Rocha, de 15/2/1870 a 5/6/1872;
13º Diretor- Geral dos Estudos: foi João Vitor de Carvalho, de 30/09/1872 a 20/2/1874;
14º Diretor- Geral dos Estudos: foi José Eduardo Freire de Carvalho, de 27/10/1874 a 11/05/1878;
15º Diretor- Geral dos Estudos: foi José Olímpio de Azevedo, de 21/07/1875 a 11/05/1878;
16º Diretor- Geral dos Estudos: foi Antonio Ferrão Moniz,de 15/05/1878 a 14/11/1878;
17º Diretor- Geral dos Estudos: foi Emílio Lopes Freire Lobo, de 14/11/1878 a 05/01/1881;
18º Diretor- Geral dos Estudos; foi Romualdo Maria de Seixas Barroso, 05/01/1881 a 02/10/1885;
19º Diretor- Geral dos Estudos: foi Eduardo Pires Ramos, de 15/10/1885 a 07/06/1889;
20º Diretor- Geral dos Estudos: foi Sátiro de Oliveira Dias, de 03/07/1889 a 01/06/1896.

Fontes:
ATOS DA PRESIDÊNCIA DA PROVÍNCIA, originais manuscritos custodiados na Seção colonial e Provincial do Arquivo Público do Estado da Bahia.
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. 10ª ed. São Paulo: Ed.UNESP / Salvador: EDUFBa, 2001. 542 p.
TAVARES, Luís Henrique Dias. Fontes para o estudo da Educação no Brasil – Bahia. 2ª ed. Salvador: UNEB, 2001/2002. 500 p.
WILDBERGER, Arnold. Os presidentes da Província da Bahia: Efetivos e Interinos, 1824-1889. Salvador: Tipografia Beneditina, 1949. 861 p.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O ESTADO ASSUME O ENSINO


Colégio Abílio


O ESTADO ASSUME O ENSINO NO ESTADO


A partir da expulsão dos jesuítas, a Coroa passou a ser o promotor responsável pela educação e instituiu as chamadas aulas régias de Latim, Grego e Retórica, voltadas aos seus interesses, mas que tinham qualidade inferior às das jesuíticas, fato que atrasou a Bahia e todo o Brasil. As intervenções do poder público da província baiana sobre a educação datam do século XIX, significando um longo tempo de desordem e falhas na educação dos baianos. Somente com o Ato Adicional de 1834 (emenda à Constituição de 1824), foi que as Assembléias Legislativas Provinciais começam a legislar sobre as questões do ensino elementar e médio. A partir daí, em 1837, as aulas de régias, na Bahia, foram substituídas, pelo Liceu Provincial, ensinando as disciplinas Filosofia Racional e Moral; Aritmética; Geometria e Trigonometria; Geografia e História; Comércio; Gramática Filosófica da Língua Portuguesa; Eloqüência e Poesia; Análise e Crítica dos Clássicos; Desenho; Música; Gramática Latina; Gramática Grega; Gramática Francesa, Gramática Inglesa, Grego, Gramática Filosófica, Belas Letras, Filosofia, Retórica, Geografia. Em 1842, a Escola Normal da Bahia começou a funcionar, formando professores do ensino elementar. Havia um turno para os meninos, os quais aprendiam instrução moral e religiosa, as artes de ler, escrever e contar bem como os elementos de pesos e medidas nacionais; e outro para as meninas, que adicionados os cursos de costura, bordado e outros conhecimentos que auxiliasse a economia doméstica. Em 1842, foi criado na Bahia o Conselho de Instrução Pública que tinha as mais diversas atribuições em relação à educação em todo o estado, nesse Conselho foi criado o cargo de Diretor-geral dos Estudos, no qual se destacou Casemiro de Sena Madureira, que, entre outras coisas, idealizou o Jardim da Infância como uma cadeira para meninos de 4 a 8 anos regida sempre por uma professora "que possuísse candura e amor suficientes para o trabalho". A reforma de 1881 (Reforma Paranaguá) criou duas escolas normais em Salvador, em regime de externato: a Escola Normal de Homens e a Escola Normal de Senhoras. A reforma criou um currículo do ensino elementar no qual entrava, pela primeira vez, elementos de ciências naturais, permitiu o sistema de ensino particular e instituiu o Conselho Superior. Dessa reforma até as proximidades da República, houve constantes ações relacionadas às melhorias das instituições e fundação de bibliotecas, museus pedagógicos, livrarias e periódicos nas escolas normais.



Bibliografia consultada:

ATOS DA PRESIDÊNCIA DA PROVÍNCIA, originais manuscritos custodiados na Seção colonial e Provincial do Arquivo Público do Estado da Bahia.TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. 10ª ed. São Paulo: Ed.UNESP / Salvador: EDUFBa, 2001. 542 p.TAVARES, Luís Henrique Dias. Fontes para o estudo da Educação no Brasil – Bahia. 2ª ed. Salvador: UNEB, 2001/2002. 500 p.WILDBERGER, Arnold. Os presidentes da Província da Bahia: Efetivos e Interinos, 1824-1889. Salvador: Tipografia Beneditina, 1949. 861 p.

HISTÓRICO DA SEC

Foto: Claudionor Jr.

HISTÓRICO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

Autor: Fernando Paixão
A Secretaria do Estado da Bahia (SEC), órgão do Poder Executivo e coordenador do Sistema Estadual da Educação, tem por finalidade executar a política do Governo referente à expansão e difusão da educação e oferecer educação, nos diversos níveis e modalidades de ensino, garantindo o ingresso, permanência, o regresso e o sucesso dos alunos na escola.

A SEC foi criada através da Lei n. 115, de 16 de agosto de 1895, com a denominação de Secretaria do Interior, Justiça e Instrução Pública, sendo modificada, em 1930 pelo decreto 7.066 de 01 de novembro, para Secretaria do Interior, Justiça e Instrução Pública, Política, Segurança, Saúde e Assistência Pública, sofrendo ainda alterações em sua denominação em 1935, 1938, 1966, com a Lei n. 6.812, de 18 de janeiro de 1995, a Secretaria da Educação e Cultura, denominação de 1966, foi desmembrada, passando a denominar-se Secretaria da Educação. Com a Lei n. 7.435, de 30 de dezembro de 1998, foram introduzidas modificações na estrutura organizacional da Administração Pública Estadual, criando as Diretorias Gerais nas Secretarias de Estado e na Procuradoria Geral de Estado para coordenar os órgãos setoriais e seccionais dos sistemas formalmente instituídos, denominados Diretoria de Orçamento Público, Diretoria Administrativa, Diretoria de Finanças e Coordenação de Modernização. Nesta mesma Lei, foram criadas as Superintendências, suas Diretorias e Coordenações com o objetivo de executar o controle das atividades finalísticas das Secretarias. Atualmente, a SEC possui 65.000 servidores ativos e inativos e está sob o comando do seu septuagésimo quinto secretário.

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia possui sete Superintendências, dois Departamentos Externos que são o Conselho Estadual de Educação - CEE e o Instituto de Aperfeiçoamento de Professores - IAT, quatro Universidades Estaduais, trinta e três Diretorias Regionais, mil e setecentas Escolas e uma Diretoria Geral, que é a responsável pela ordenação das despesas de toda a SEC. Tem como missão, a Educação de qualidade para todos. Como visão, contribuir para o desenvolvimento social do Estado, oferecendo educação de qualidade, prestar atendimento prioritário e universal às crianças e aos jovens de 7 a 20 anos, oferecendo, ao mesmo tempo, alternativas de educação à clientela adulta que não teve oportunidade de acesso à educação quando na idade regular e respeitar a autonomia pedagógica da escola e avançar na consolidação de sua autonomia administrativa e financeira.
Fonte:Regimento da SEC, D.O.E,Lei 115/1895,DEC.7.066/1930,Lei 6.812/1995, Lei 7.435/1998.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

EDUARDO RAMOS

EDUARDO PIRES RAMOS
DIRETOR-GERAL DOS ESTUDOS
15/10/1885 a 07/06/1889

Nasceu em Salvador- Ba, em maio de 1854, advogado, fez seus estudos nas Faculdades de Direito de São Paulo e de Recife, bacharelando-se em ciências jurídicas aos 18 anos. Eleito em 3 de agosto de 1922, para a Cadeira n. 11, da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Pedro Lessa, não chegou a tomar posse. Começou a vida profissional como promotor público na comarca de Feira de Santana-Ba, vindo a ocupar posteriormente o posto de diretor-geral da Instrução Pública da Bahia, onde teve oportunidade de mostrar seu interesse pelo problema da educação, inteiramente negligenciado naquele tempo, apresentando em 1902, um Relatório onde as questões do ensino primário foram tratadas de um modo inteiramente novo para a época. Em 1903, foi para o Rio de Janeiro como deputado pelo seu Estado. Eleito senador, tomou parte da primeira Constituinte na organização da República. Fez parte da Comissão de Diplomacia e Tratados e o seu nome ilustra vários pareceres, notadamente o relativo ao Tratado de Petrópolis, de 1904. Foi seu o projeto da criação da Universidade na capital da União, na qual depois foi catedrático de Legislação Comparada. Faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1923.
Fonte:*1

PRÉDIO DA SEC

PRÉDIO SEDE DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

Autor: Fernando Paixão


O prédio conhecido como Palácio da Vitória, no Corredor da Vitória, no séc. XIX, era uma casa nobre, residência do rico comerciante José Cerqueira Lima, foi vendida em 1858, ao Prof. Francisco P. D’Almeida Sebrão, instalando-se aí o Colégio São José. Em 1879, o Governador Geral adquiriu o imóvel para torná-lo, após ampla restauração, residência oficial dos Presidentes da Província da Bahia e Palácio dos Governadores, após a República. Em 1925, na administração do Governador Góes Calmon, o edifício foi totalmente reconstruído – dentro de inspiração neocolonial – para sediar a Secretaria de Educação e Saúde do Estado, ficando como sede até a década de 70, quando foi parcialmente transferida para o Palacete Bernardo Martins Catharino na Rua da Graça, nº 284, totalmente reformado em novembro de 1982, pelo então Governador Dr. Antônio Carlos Magalhães, para abrigar o Museu de Arte da Bahia, permanecendo no anexo do prédio o Centro de Microfilmagem e o Setor de Arquivo, que até os dias de hoje mantém parte do seu acervo lá arquivado.

Quanto ao palacete construído em 1912, depois da morte do comendador Bernardo Martins Catharino em 1944, foi tomado da família Catharino pelo governo, como pagamento de impostos. Ficou fechado por várias décadas, até abrigar a Secretaria da Educação, até o ano de 1990, depois acolheu o Conselho Estadual de Educação, sendo desocupado em 2005 para abrigar o Museu Rodin. Mesmo após a mudança para o Bairro da Graça, com a construção do anexo denominado Pavilhão Navarro de Brito aos fundos do prédio do Palacete Martins Catharino, na década de 80, o Centro de Microfilmagem permaneceu instalado no corredor da Vitória até o início da década de 90 quando houve a transferência da SEC para a Plataforma II, nº 500, no Centro Administrativo da Bahia – CAB, antiga Governadoria.

O CAB está localizado às margens da Av. Paralela, 25km do centro da cidade.Foi construído em
1973 para reunir todas as Secretarias e órgãos estaduais, dando uma nova dinâmica à região, desafogando o centro tradicional e causando uma nova expansão a Salvador. Encontram-se instalados também no CAB, a Governadoria, a Assembléia Legislativa, TRE e o Tribunal de Justiça do Estado. A sua arquitetura é até hoje muito moderna apesar de já ter 35 anos de existência, composta de concreto pré-moldado ou ferro-cimento, um importante objeto de pesquisa de João da Gama Filgueiras Lima, Lelé, nascido em 10 de janeiro de 1932, no Rio de Janeiro formado pela Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro em 1955. Iniciou sua carreira durante a construção de Brasília, onde teve participação ativa, colaborando diretamente com Oscar Niemeyer.

Após o incêndio de 02 de outubro de 2003, a Secretaria da Educação passa a ocupar o prédio nº 600 do antigo IAPSEB (Instituto de Assistência e Previdência dos Servidores do Estado da Bahia), que passava por uma grande reforma para abrigar a Procuradoria Geral do Estado e outras secretarias de pequeno porte.






Fonte: Arquivo Público,DOE, Arquivos da SEC.

AS PRIMEIRAS ESCOLAS

COLÉGIO CENTRAL DA BAHIA


Escrever sobre a história da educação na Bahia é algo muito complexo, uma vez que precisaria levantar dados desde a fundação da cidade de Salvador. Por isso resolvi fazer um recorte e estabelecer um marco que servirá de início a meu relato. Esse ponto de partida corresponde à fundação do Colégio Central da Bahia.
O vice-presidente da província da Bahia, o desembargador Joaquim Marcellino de Brito, criou, através da Lei 33 do dia 09 de março de 1836, o Liceu Provincial da Bahia que tinha a finalidade de substituir as aulas avulsas de francês, latim e grego, mas só começou a funcionar no dia 07 de setembro de 1837, no Convento dos Frades Agostinianos, no largo da Palma. Tinha pouco mais de 300 alunos matriculados, em 18 disciplinas obrigatórias que iam de eloqüência e poesia a aritmética. O Colégio Estadual da Bahia, conhecido, hoje, como Central, inaugurou o ensino secundário na Bahia. Logo após a sua inauguração, em 1837, o primeiro Colégio público de ensino médio do Brasil teve participação efetiva na Sabinada, com a participação de seus ilustres professores a exemplo do Padre Doutor Antonio Joaquim das Mercês, que como outros, se envolveram nos acontecimentos dessa revolta, levando a paralisação da instituição por um bom tempo e até hoje é reconhecido como palco de grandes movimentos. Foi lá que estudaram alguns dos principais políticos e figuras ilustres da Bahia e do Brasil, como Antônio Carlos Magalhães, Glauber Rocha, Calazans Neto, Elcimar Coutinho, Cid Teixeira e Fernando da Rocha Perez, entre outros. Passou a ser denominado de Colégio Central quase por acaso. Com a reforma Capanema em 1942, recebeu o nome de Colégio da Bahia, com a criação das escolas municipais passou a ser chamado Colégio Estadual da Bahia. Por causa da grande procura, em 1948, a Secretaria da Educação anunciou, nos jornais, a abertura de unidades anexas a esse Colégio, em diversos bairros, tornando-o o central. Algumas dessas escolas hoje têm nomes de ex-profesores do Colégio Central, como João Florêncio Gomes, na Ribeira, Luiz Vianna Filho, em Brotas, Edgar Santos, no Garcia e Severino Vieira, em Nazaré. A da Liberdade, foi denominada de Duque de Caxias.
Em 1842, começava a funcionar a primeira Escola Normal da Bahia, numa casa situada na antiga Rua do Colégio. Tinha as seguintes cadeiras: a leitura, caligrafia e gramática filosófica da língua portuguesa e a de ensino mútuo. Não se pode deixar de destacar os professores João Alves Portela e Manuel Correia Garcia que foram enviados a Paris para aprender os métodos de ensino mútuo e simultâneo. A escola era dividida em dois turnos, um só para homens e o outro para mulheres. Neste turno, o ensino era teórico e prático.
Fonte:*1

ABÍLIO CÉSAR BORGES


ABÍLIO CÉSAR BORGES

DIRETOR-GERAL DOS ESTUDOS
28/2/1856 a 28/07/1857

Nasceu em 1824, na cidade de Rio de Contas - Ba, na casa que hoje abriga o Arquivo Público. Formou-se em medicina e tornou-se respeitado pelos seus estudos científicos, históricos e literários. Em 1856, sob a administração de João Lins Viana Cansancao, Visconde de Simimbau, o baiano Abílio troca a carreira de médico pela de professor, assumindo o cargo de Diretor-Geral de Estudo da Bahia. O Barão de Macaúbas tornou-se um ícone na educação da Bahia e do Brasil, empenhou-se em vasta obra educacional. No mesmo ano, funda o Ginásio Baiano. Para a época, o Dr. Abílio tinha idéias avançadas, no seu ginásio os alunos estudavam várias matérias ao mesmo tempo e eram incentivados a participar de torneios literários. Fundou também o Colégio Instituto Abílio, no Rio de Janeiro. Permaneceu no cargo ate agosto de 1857. A sua forma rígida de dirigir foi retratada por Raul D`Avila Pompéia em seu romance O ATENEU publicado, em 1888. O autor teria sido aluno interno do Colégio de Abílio, entre 1873 e 1879. A maneira como o professor é apresentado, nesse livro, é considerada por alguns estudiosos como exagerada e até injusta.
Até 1868, a aprendizagem de leitura se iniciava com os abecedários manuscritos, papeis de cartórios e toscas cartilhas, com o lançamento em série de livros para leitura denominados primeiro, segundo e terceiro livros de leitura. Essa metodologia era conhecida como métodos de Abílio, e ajuda a alavancar a pedagogia no Brasil. Faleceu em 1891.


Fonte:*1

ANA LÚCIA C. BRANCO

Foto: Claudionor Jr.
ANA LUCIA BARBOSA CASTELO BRANCO
SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO
2002 – 2003

Autor: Fernando Paixão

Nascida em junho de 1949. Natural de Salvador. Formada em Administração pela Universidade Federal da Bahia, pós-graduada em Administração Pública e Planejamento Educacional pela Fundação Getúlio Vargas/UFBA. Ingressou na Secretaria da Educação em fevereiro de 1972, como técnica em administração, designada para exercer o cargo de Assessora Setorial de Programação e Orçamento, permanecendo no cargo até o ano de 1976. Reassume, em março de 1977, esse cargo até 1978. Designada, em junho de 1980, para exercer o cargo de Coordenadora de Cadastro de Pessoal e, em setembro de 1981, assume a Coordenação de Planejamento e Avaliação da Secretaria da Educação, sendo nomeada, em dezembro do mesmo ano, para a Superintendência do Serviço de Administração Geral da SEC até 1983, quando assume a Superintendência do Instituto de Saúde do Estado da Bahia, na Secretaria da Saúde até abril de 1986. Em janeiro de 1988, é nomeada para exercer o cargo de Chefe de Serviço na Assessoria de Planejamento da SEC. Em 1991, passa a coordenar o Núcleo de Desenvolvimento da Administração da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo até 1994. Em 1995, foi designada chefe de Gabinete na gestão do secretário Edílson Freire, até o ano de 1999, e na segunda gestão do secretário Eraldo Tinoco, do ano de 1999 a 2002, quando assume interinamente, o Cargo de Secretária de Educação até janeiro de 2003, quando passou a exercer o cargo de chefe de gabinete da Secretaria da Administração do Estado, onde também assumiu, em março de 2002, como secretária de Estado.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

ALAOR COUTINHO


ROISLE ALAOR METZKER COUTINHO
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1966 – 1967
Autor: Fernando Paixão

Nascido em 22 de maio de 1928. Natural de Salvador. Formado em Farmácia-Bioquimica pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia,Medicina pela Faculdade de Medicina da Ufba, Psicologia/Psiquiatria/Psicofarmacologia/Hipnose/Hipnoseanálise pela Faculdade de Medicina da universidade de Paris e Hospital Saint Anne . Nomeado em 11 de julho de 1950 para exercer o cargo de laboratorista- auxiliar na Secretaria de Educação e Saúde, para laboratorista auxiliar interino no Colégio Estadual da Bahia em janeiro de 1951, passando a lecionar em diversas unidades escolares como instrutor de química, principalmente no Colégio Estadual da Bahia. Em março de 1960, assume o cargo de vice- diretor do Ginásio Estadual Manoel Devoto, e, em novembro de 1964, passa a ser membro efetivo do Conselho estadual de Educação. No ano de 1965, é nomeado Diretor de Educação e Cultura, até assumir o cargo de Secretário de Educação em fevereiro de 1966 até abril de 1967. Em outubro de 1984, passa a servir no Gabinete do Secretário Edivaldo Boaventura, aposentando-se em 15 de abril de 1986 para exercer o mandato de Senador da República.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

domingo, 20 de julho de 2008

ADEUM SAUER

Foto: Claudionor Jr.

ADEUM HILÁRIO SAUER
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
2007– ...
Autor :Fernando Paixão

Natural do Rio Grande do Sul, nascido em junho de 1952. Formou-se em Filosofia e posteriormente em Direito, pós-graduado em Sociologia e Política, com mestrado em Sociologia feito na Alemanha. Professor, foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Coordenador de Pós-Graduação em Direito Público da FacSul. e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Membro do Conselho Nacional de Educação, foi Secretário Municipal de Educação e Cultura do Município de Itabuna de 1993-1996 e 2001-2004. Implantou a Escola Grapiúna na rede municipal de ensino em Itabuna, tido como projeto pioneiro na Bahia que substituiu o ensino serial por ciclos e valorizou a educação de qualidade, inclusão social, participação democrática e valorização da cultura regional.
Fonte: A Tarde de 24/12/2006

PAULO AMÉRICO


PAULO AMÉRICO DE OLIVEIRA
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1964 – 1965


Autor: Fernando Paixão
Nasceu em 17 de agosto de 1924, Natural de Cruz das Almas, Diplomou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia , nomeado professor da cadeira de ciência e física geral em março de 1933. Em 1939, dirige o Ginásio de Conquista, estudou no colégio Estadual da Bahia, onde se tornou professor de física, em 1946. Assume a vice- direção do colégio de 1951 a 1959. Estagiou no Instituto Osvaldo Cruz, sobre Eletroforese; Estágio na Faculdade de Medicina de São Paulo, no Laboratório de Isótopos, sobre isótopos radiativos; Estágio sobre Espectrografia no Instituto Adolfo Lutz; Livre Docente da Faculdade de Farmácia da Universidade do Brasil; Professor Adjunto Da Cadeira de Física, Biológica da Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia; Professor Assistente da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública; Professor do Colégio Estadual da Bahia (por concurso), Membro da Banca Examinadora do Concurso de Higiene e Puericultura, Ex-professor do Colégio Antonio Vieira; Ex-professor do Colégio 2 de julho. Foi coordenador de Pessoal do Serviço de Administração da SEC do ano de 1960 a 1961, Superintendente de Ensino Médio de novembro de 1963 a maio de 1964, quando é nomeado Secretário de Educação, passando a responder também pela Secretaria da Saúde Publica em setembro de 1964. Findo a gestão, é nomeado Diretor do Departamento Estadual de Educação e Cultura em janeiro de 1965 até o seu falecimento em 12 de agosto de 1965 aos 41 anos.

Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

RENATO SAMPAIO


RENATO VAZ SAMPAIO
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1954 – 1955
Autor: Fernando Paixão

Natural de Itaguara-MG. Nascido em 1923, professor concursado para lecionar português no Colégio Estadual da Bahia em junho de 1945, é nomeado para exercer a função de Superintendente de Ensino Secundário em fevereiro de 1951, permanecendo até julho de 1954. Em agosto de 1954, assume a Secretaria de Educação e Cultura, tendo seu exercício até abril de 1955, quando é designado para o Conselho Nacional de Educação, aposentando-se por invalidez, em 18 de outubro de 1967 aos 44 anos, acometido de uma cardiopatia grave.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

RAYMUNDO DA MATTA


RAYMUNDO JOSÉ DA MATTA
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1962 – 1963

Autor: Fernando paixão

Natural de Catu. Nascido em 1920, Jornalista, concursado para telegrafista nos Correios e Telégrafos, foi nomeado em 1947 para o cargo de relator de debates na Secretaria do Interior e Justiça e em 1948 para Assembléia Legislativa. Em 1953, passou a lecionar filosofia no Colégio Estadual da Bahia e, em 1955, foi nomeado assistente de ensino médio da Capital, assumindo imediatamente a função de Superintendente de Difusão Cultural e, no ano seguinte, a Superintendência de Ensino Secundário, Normal e Profissional, em 1959 e designado Superintendente do Ensino Elementar. Em julho de 1962, foi designado Secretário de Educação e Cultura, passando a responder também pela Secretaria de Saúde Pública onde permaneceu até abril de 1963, quando retornou a ministrar aulas de Psicologia Educacional no Instituto de Educação Isaias Alves – ICEIA. Em agosto de 1967, assumiu a coordenação do Setor de Convênio da Secretaria da Educação, em 1974 e designado para servir junto à Comissão Estadual de Programa de Melhoria e Expansão do Ensino- PREMEN. Em 1978, tornou-se Conselheiro Estadual de Educação sendo eleito presidente do Conselho Estadual em julho de 1983. Em 1986 passou a exercer a Chefia de Gabinete do então Secretário Edivaldo Boaventura, aposentando-se em marco de 1987, aos 67 anos.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

LUIS PALMEIRAS


LUIS SOARES PALMEIRA
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1963 – 1963
Autor: Fernando Paixão

Natural do Rio de Janeiro, nascido em 1906, Sacerdote a partir de 193x. Em 1936, fundou o Ginásio de Caetité e o Ginásio de Vitoria da Conquista (Ginásio Padre Palmeiras). Foi eleito Vereador pela Cidade de Salvador, em 1951, e nomeado instrutor em janeiro de 1953. Deputado Estadual de maio de 1959 a abril de 1963, quando foi nomeado Secretário de Educação até dezembro. Passou a lecionar no Colégio Estadual Duque de Caxias em setembro de 1964, exerceu cargos técnicos na SEC até agosto de 1971, quando passou a servir no Colégio Estadual Presidente Costa e Silva e, em 1975, ficou à disposição do Conselho Estadual de Educação, aposentando-se em agosto de 1988, aos 82 anos.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

sábado, 19 de julho de 2008

INCÊNDIO DA SEC


DAVI E GOLIAS
O dia em que o fogo venceu a Educação

Autora:Jô Moraes

A nuvem densa se fumaça pairava por toda Avenida Paralela. Um cheiro forte de coisa queimada denunciava que algo consumia em chamas, formando um grande incêndio. Uma mensagem surge no celular "INCÊNDIO NA SEC". No Prédio verde, da 5ª Avenida, grandes labaredas saiam das janelas da extremidade esquerda, a impressão que dava era de que o fogo não passaria daquela ala, pois os bombeiros já trabalhavam há algumas horas. Entretanto, surpreendentemente, os hidrantes do Centro Administrativo da Bahia estavam vazios, não tinha água para apagar o fogo que insistia em alastrar-se pelas instalações da maior Secretaria do Estado.

Parecia uma luta entre Davi e Golias, mas com o final provável, dessa vez o mais forte venceu. Para combater a violência das chamas, tímidas mangueiras saiam dos carros dos bombeiros, daquele jeito não era possível. No estacionamento, alguns servidores perplexos não acreditavam no que olhos testemunhavam, o seu local de trabalho transformando-se em pó. Na outra extremidade, heróis anônimos engoliam fumaça para salvar computadores que guardavam arquivos importantes com sistemas e banco de dados necessários à continuidade dos serviços internos.

Às quatro horas da manhã, os três andares do prédio da SEC agora eram apenas escombros e ferros retorcidos pelo excessivo calor a que foram submetidos. A sensação era de perda total, mas o momento não era de entregar os pontos. Esse foi o maior desafio da gestão da Secretária Anaci Paim: reconstruir a SEC. Mas antes de falar sobre a reconstrução, faz-se necessário lembrar como a Secretaria de Educação do Estado da Bahia chegou a esse estágio. Muitos fizeram parte dessa trajetória, trabalhando com amor, sempre acreditando no sucesso da educação de nosso estado. Essa história começa em longe ...

MARIAUGUSTA ROCHA

Foto: Claudionor Jr.

MARIAUGUSTA ROSA ROCHA
SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO
1987 – 1989

Autor: Fernando Paixão

Nascida em fevereiro de 1936. Natural de Maracangalha. Formada em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia. Nomeada para professora substituta em agosto de 1954, na Escola Leopoldo dos Reis, em agosto de 1955, é aprovada em concurso para lecionar na Escola Salina das Margaridas, em março de 1968, é designada para a direção do Centro Integrado Anísio Teixeira, onde permanece até abril de 1970. Em março de 1973, passa a servir no Departamento de Educação Superior e Aperfeiçoamento de Pessoal da SEC, em 1979, passa a servir no Centro de Estudos Supletivos de Narandiba, quando, em julho de 1983, fica à disposição do Departamento de Educação Continuada- DEC, até setembro do mesmo ano, quando passa a servir na UNEB, no Projeto de Desenvolvimento Social da Mulher. Aposenta-se em dezembro de 1984. Em março de 1987, entra para a História da Educação baiana como a primeira mulher a ocupar o cargo de Secretária da Educação do Estado da Bahia.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

BRÁULIO XAVIER


BRÁULIO XAVIER DA SILVA PEREIRA
SECRETÁRIO DO INTERIOR, JUSTIÇA E INTRUÇÃO PÚBLICA
1924 – 1928
Autor: Fernando Paixão

Nasceu em 09 de novembro de 1863, em Mucugê, Bahia. Bacharelou-se na Faculdade de Direito de Recife, no ano de 1885. Em março de 1897, foi nomeado Conselheiro do Tribunal de Apelação e Revista sendo eleito presidente, tornando-se em função do cargo, o 3º substituto legal do governador do Estado. Assumiu o governo em 11 de janeiro de 1912, em decorrência da renúncia de Aurélio Viana, após o bombardeio de Salvador. Mantendo-se até a posse de José Joaquim Seabra, em 29 de março de 1912, cuja eleição presidiu. Retornou à magistratura no Tribunal de Apelação e Revista, onde permaneceu até 1915, quando se aposentou. Após a revolução de 1930, tornou-se membro do tribunal regional eleitoral, chegando a ser seu vice-presidente. Faleceu em Salvador, em 1 de julho de 1936.

DIRLENE MENDONÇA

Foto: Claudionor Jr.

DIRLENE MATOS MENDONÇA
SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO
1991 – 1994

Autor: Fernando Paixão

Nasceu em novembro de 1939, natural de Salvador. É pedagoga com curso de especialização em Planejamento e Administração de Sistemas Educacionais pela Fundação Getúlio Vargas. Em 1962, foi nomeada para o cargo de Instrutor de Curso Secundário no Instituto de Educação Isaías Alves, em 1963, passa a lecionar no Colégio Severino Vieira. Foi professora de 1º e 2º graus e também de nível superior, além de assumir a diretoria da Divisão de Assistência ao Educando, em março de 1974, em junho do mesmo ano passa a responder pelo Departamento de Ensino do 1º grau da Secretaria da Educação. Em abril de 1975, fica à disposição da Prefeitura de Salvador, retornando em abril de 1977 para servir no ICEIA. Em março de 1979, volta a exercer o cargo de Diretora do Departamento de Ensino do 1º grau da Secretaria da Educação, permanecendo até março de 1983, quando é designada à disposição da Secretaria da Saúde para exercer o cargo de Diretora do Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Em junho de 1983, assume a Diretoria da Faculdade de Educação do Estado da Bahia, onde teria anteriormente coordenado o Grupo de Trabalho para a Implantação Faculdade de Educação da UNEB. Em abril de 1984, é designada chefe de Gabinete da UNEB. Em março de 1985, passa a servir no Departamento de Educação Continuada, em outubro de 1987 volta a servir no Colégio ICEIA e em agosto de 1989 exerce o cargo de Subgerente do Departamento de Educação do 1º grau- DEPG. Em 1991, assume o cargo de Secretária de Educação do Estado até o ano de 1994. Em 1997, é nomeada Secretária de Educação do Município de Salvador, permanecendo até 2004.
Fonte: D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

ANACI PAIM

Foto: Claudionor Jr.
ANACI BISPO PAIM
SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO
2003 – 2007

Autor: Fernando Paixão

Nasceu em março de 1955, em Alagoinhas, Bahia. Graduada em Estudos Sociais, pela Universidade Estadual de Feira de Santana; Especializada em Metodologia do Ensino Superior, pela Fundação de Ensino Superior de Pernambuco – FESP/UPE, Doutor Honoris Causa, outorgado pela European University – Suíça, em 2003.
Em 1984 assume a Coordenação da Área de Conhecimento em Geografia do Departamento de Ciências Humanas e Filosofia da UEFS até o ano de 1986. Coordenadora do Projeto de Extensão Transe – Transformando a Educação no 1º grau (1985 a 1986), Coordenadora Geral do Projeto de Extensão ACA – Acompanhamento, Controle e Avaliação de Cursos de Atualização para Professores de 1º Grau (1985 a 1986) quando passa a coordenar Colegiado do Curso de Estudos Sociais até o ano de 1990, assumindo em seguida a Coordenação do Colegiado do Curso de Geografia até o ano 1991. Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão na UEFS (1991-1995) assumindo também a Coordenação do Programa Integração Universidade com a Escola Básica, sendo eleita Reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS (1995-1999 e 1999-2003), presidente do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia, membro do Conselho Deli. Assume o cargo de Secretaria da Educação em 11 de abril de 2003 até dezembro de 2006.
Fonte: D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC
Uma Trajetória de Sucesso- UEFS,2003.

SÁTIRO DIAS


SÁTIRO DIAS
SECRETÁRIO DO INTERIOR, JUSTIÇA E INTRUÇÃO PÚBLICA
1896– 1897

Nasceu em janeiro de 1844. Natural de Inhambupe. Estudou em Salvador no Ginásio Baiano, de Abílio César Borges. Formou-se em ciências médico-cirúrgicas pela Faculdade de Medicina da Bahia. Em julho de 1866, ainda estudante do quinto ano de Medicina, ofereceu-se como voluntário para a guerra do Paraguai onde permaneceu até abril de 1869. Voltou em seguida à Bahia, trazendo no peito o grau de cavaleiro da Ordem da Rosa, e nos punhos os galões de primeiro cirurgião do exército. Retornou à faculdade, onde concluiu seu curso médico recebendo o grau de doutor em Medicina em 1870. Foi eleito Deputado Provincial de 1878 a 1879, ocupou o cargo de Secretário de Governo de novembro de 1879 a maio de 1880, quando foi nomeado Presidente da Província do Amazonas de junho de 1880 a maio de 1881 e do Rio Grande do Norte de junho de 1881 a fevereiro de 1882. Voltou, em 1882, à Assembléia Provincial baiana, ficando até fevereiro de 1883. Sátiro Dias foi, em seguida, chamado a presidir a província do Ceará de agosto de 1883 a maio de 1884, primeira província a decretar a Abolição total da escravatura, em seu território. Em 1885, representou a província do Amazonas na Assembléia Geral, ou seja, foi eleito Deputado Geral por esta província, mas com a queda da situação liberal e a conseqüente dissolução da Câmara, retornou à Bahia dedicando-se ao exercício da profissão de médico até junho de 1889. Em julho do mesmo ano, foi chamado a exercer o cargo de Diretor Geral da Instrução Pública na Bahia. A República o encontrou no exercício deste cargo, no governo do conselheiro José Luís de Almeida Couto, último Presidente da província da Bahia, e continuou na mesma posição sob o governo republicano, por Decreto de 28 de maio do mesmo ano. Sátiro Dias ainda ficou nesse cargo no governo Hermes da Fonseca, sendo que 4 dias após sua posse, em 30 de abril de 1890, foi eleito Deputado Estadual e em 1891 participou da Constituinte como membro da Câmara de Deputados, de que foi de início vice-presidente e depois presidiu, iniciando-se os trabalhos em 29 de março de 1891, e concluídos com a promulgação da Constituição Baiana, em 2 de julho do mesmo ano. Manteve-se no cargo até abril de 1896, quando foi nomeado Inspetor Geral do Ensino, permanecendo neste cargo até 1º de junho do mesmo ano, data em que assumiu o exercício de Secretário do Interior, Justiça e Instrução Pública, para o qual foi nomeado pelo Governador Luiz Viana, Prosseguiu a seguir no posto. O governador Joaquim Manuel Rodrigues Lima manteve Sátiro Dias como diretor de Instrução Pública. Deixou o governo para candidatar-se a deputado federal, substituído por Otaviano Moniz Barreto em 1897. Aposentou-se em 1899, elegeu-se deputado federal pela Bahia em 1900, por duas legislaturas, não voltando em 1907 ao Parlamento, por motivo de antagonismos políticos. No período em que foi deputado, chegou à vice-presidente da Câmara Federal e Presidente da respectiva comissão de Instrução Pública. Foi nomeado pelo Governo Federal Delegado Fiscal do ginásio Carneiro Ribeiro em Salvador, cargo em que se conservou até 1911, assumiu a vice- presidência do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia até 1913. Faleceu, aos 69 anos, no dia 18 de agosto de 1913.
Fonte:*1

ERALDO TINÔCO

Foto: Claudionor Jr.
ERALDO TINOCO
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1979 – 1982/ 1999 - 2002

Autor: Fernando Paixão

Nasceu em novembro de 1943, natural de Ipiaú. Formado em Administração Pública, pela Universidade Federal da Bahia. De julho de 1960 a março de 1970, exerceu a função de estafeta na Empresa de Correios e Telégrafos. Foi professor de Administração desta Universidade, assumindo o cargo de Assessor de 1969 a 1971, quando passou a exercer a função Assessor-chefe da assessoria setorial de programação e orçamento da Secretaria da Educação e Cultura do ano de 1971 a 1974. Assumiu, em 1974, a Diretoria do Departamento de Pessoal do MEC até o ano de 1977, quando passou a exercer o cargo de Secretário de apoio do MEC e Presidente da Fundação Cultural do Estado da Bahia, até 1979, sendo nomeado para o cargo de Secretário de Educação e Cultura do Estado da Bahia, até 1982 . Eleito Deputado Federal pela primeira vez pelo período de 1983 a 1987, sendo reeleito por mais quatro mandatos, durante 20 anos ininterruptos, só se licenciando para assumir cargos executivos. Em 1992, foi Ministro da Educação no governo de Fernando Collor de Melo. Ocupou a Secretaria de Energia, Transportes e Comunicações de 1995 a 1998. Ainda em Brasília, ocupou as funções de Secretário de Apoio aAministrativo e Diretor-geral do Departamento de Pessoal. Foi nomeado, pela segunda vez, para exercer o cargo de Secretário da Educação, no ano de 1999, afastou-se, em 2003, para assumir o cargo de vice- governador do Estado e Secretário de Infra-Estrutura, até o ano de 2007, na gestão do Governador Paulo Souto. Faleceu em 15 de abril de 2008, aos 64 anos.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC

ISAÍAS ALVES


ISAIAS ALVES DE ALMEIDA
SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO
1938 – 1942
Autor: Fernando Paixão
Natural de Santo Antônio de Jesus - Bahia. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Bahia em 1910. Tendo-se dedicado ao magistério antes mesmo da sua formatura, obteve, em 1931, o Masters of Arts e Instructor in Psychology pelo Teachers College da Columbia University. Dirigiu o Ginásio Ypiranga, a partir de 1911. Foi professor do Ginásio da Bahia. Na Escola Normal da Bahia (atual Instituto Central de Educação Isaías Alves), lecionou Psicologia Educacional desde 1931; foi idealizador, fundador e professor da Faculdade de Filosofia da Bahia (atualmente integrada à Universidade Federal da Bahia). Entre 1932 e 1935, montou o Serviço de Testes no Serviço de Medidas Escolares do Instituto de Educação, na gestão de Anísio Teixeira, quando ocupava a Direção da Instrução Pública do Distrito Federal; aí criou e produziu vários estudos sobre testes. Isaías Alves integra uma tradição de educadores baianos, iniciada em meados do século XIX com Abílio Cesar Borges, Barão de Macaúbas. Faleceu em 1968, aos 70 anos.
Fonte:D.O.E./Arquivo SEC/CEMIC