As cartilhas eram constituídas da apresentação do alfabeto em grupos de letras para a formação de sílabas e de textos religiosos escritos em português e latim. No início do século XIX no Brasil, os manuais usados para ensinar a ler e escrever eram importados de Portugal, pois até o ano de 1808, não era permitida a publicação de livros nacionais.
A primeira lei brasileira sobre a escola primária é datada de 1827 e não mencionava nem o método nem o manual escolar a serem utilizados, mas determinava que o livro de leitura fosse a Constituição Brasileira e os livros de história do Brasil.
Os professores confeccionavam o seu próprio material para alfabetizar e usavam também cartilhas portuguesas como: O expositor português e a Cartilha Maternal, tendo sido esta última produzida pelo poeta português João de Deus. Os materiais produzidos pelos professores foram denominados Cartas do ABC, que traziam o alfabeto escrito de várias formas, valorizando a grafia. O método que se concretizava através desta cartilha era o método alfabético, o qual toma como unidade de análise o nome de cada letra. Nesse método, era utilizado o processo de soletração para decifrar a palavra.
Em 1856, sob a administração do Presidente Provincial João Lins Viana Cansanção, Visconde de Simimbau, o baiano Abílio César Borges troca a carreira de médico pela de professor. O Barão de Macaúbas tornou-se um ícone na educação da Bahia e do Brasil, empenhou-se em vasta obra educacional. Até 1868, a aprendizagem de leitura se iniciava com os abecedários manuscritos, papeis de cartórios e toscas cartilhas, com o lançamento em série de livros para leitura denominados primeiro, segundo e terceiro livros de leitura. Essa metodologia era conhecida como métodos de Abílio, e ajuda a alavancar a pedagogia no Brasil.
Em 1855, o português Antonio de Castilho veio ao Brasil divulgar seu "Método" de alfabetização obra bastante apropriada para as escolas como para uso das famílias. Já o método de alfabetização de João de Deus foi introduzido a princípio na Escola Normal de São Paulo em 1883, pelo professor Antonio da Silva Jardim e, em 1897, o governo paulista importou vários exemplares da Cartilha Maternal de João de Deus para distribuir nas escolas do Estado, o que conseqüentemente influenciou a Província baiana.
De autoria anônima, a 1ª. edição das "cartas de ABC" é de 1905. Há, entretanto, indícios de que essa publicação é a introdução do Livro da Infância de Augusto Emílio Zaluar, escritor português radicado no Rio de Janeiro. As "cartas de ABC" representam o método mais tradicional e antigo de alfabetização, conhecido como "método sintético": apresenta primeiro as letras do alfabeto (maiúsculas e minúsculas; de imprensa e manuscritas), depois apresenta segmentos de um, dois e três caracteres, em ordem alfabética a-é-i-ó-u, ba-bé-bi-bó-bu, ai-ei-oi-ui, bai-bei-boi-bui, etc e, por fim, palavras cujas sílabas são separadas por hífen An-tão, A-na, An-dei, A-mar; Ben-to, Bri-tes, Bus-car, Ba-ter, etc. Esse livro foi utilizado pelas escolas até 1956, data da 107ª. edição, o que demonstra a grande utilização desse modelo antigo de alfabetização. Em 1909, surge A Cartilha Analítica, cujo o método alfabetizava com palavras e sílabas e se opunha ao antigo sintético, que ensinava as letras, o bê-a-bá.
Para conciliar os dois métodos de alfabetização, o moderno e o antigo, foi criada a Nova Cartilha. De acordo com os registros da editora Melhoramentos, foram produzidos 825.000 exemplares desde a primeira edição, de 1916, até a última, a 185ª. edição de 1955.
Publicada pela primeira vez em 1917, a Cartilha de Ensino Rápido de Leitura fez um sucesso extraordinário, atingiu 2.230 edições em 1936 e mais de seis milhões de exemplares vendidos. Dados da editora Melhoramentos indicam que, até 1941, ela já havia vendido mais de um milhão de exemplares, mantendo a média de tiragem por ano acima dos 100.000 exemplares até 1969. A partir de 1970, a produção caiu drasticamente para 40.000 exemplares e chegou, em 1976, com a tiragem de 1000 exemplares.
1ª. Edição da a Cartilha Sodré foi publicada em 1940. A partir da 46ª. edição, em 1948, passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição, a 273ª., foram produzidos 6.060.351 exemplares. Em 1977, ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini. Além da alteração no formato da cartilha, foram acrescentadas mais de 30 páginas.
A cartilha Caminho Suave, cuja 1ª. edição é de 1948, parece ter sido um fenômeno de vendas no Brasil, calcula-se que todas edições, venderam 40 milhões de exemplares até a década de 1980, quando deixou de ser usada nas escolas brasileiras.
Lançada na década de 60 e reeditada em 1987, a cartilha Casinha Feliz foi o marco do método fônico no Brasil, o qual enfatizava a menor unidade da fala, o fonema, e sua representação na escrita. Ensinava-se primeiro as formas e os sons das vogais, para depois ensinar as consoantes e vogais, estabelecendo entre elas, relações cada vez mais complexas. Educadores passaram a trabalhar com textos diversificados nos diferentes suportes que circulavam na sociedade como livros, jornais, revistas, embalagens, bulas, entre outros.
A primeira lei brasileira sobre a escola primária é datada de 1827 e não mencionava nem o método nem o manual escolar a serem utilizados, mas determinava que o livro de leitura fosse a Constituição Brasileira e os livros de história do Brasil.
Os professores confeccionavam o seu próprio material para alfabetizar e usavam também cartilhas portuguesas como: O expositor português e a Cartilha Maternal, tendo sido esta última produzida pelo poeta português João de Deus. Os materiais produzidos pelos professores foram denominados Cartas do ABC, que traziam o alfabeto escrito de várias formas, valorizando a grafia. O método que se concretizava através desta cartilha era o método alfabético, o qual toma como unidade de análise o nome de cada letra. Nesse método, era utilizado o processo de soletração para decifrar a palavra.
Em 1856, sob a administração do Presidente Provincial João Lins Viana Cansanção, Visconde de Simimbau, o baiano Abílio César Borges troca a carreira de médico pela de professor. O Barão de Macaúbas tornou-se um ícone na educação da Bahia e do Brasil, empenhou-se em vasta obra educacional. Até 1868, a aprendizagem de leitura se iniciava com os abecedários manuscritos, papeis de cartórios e toscas cartilhas, com o lançamento em série de livros para leitura denominados primeiro, segundo e terceiro livros de leitura. Essa metodologia era conhecida como métodos de Abílio, e ajuda a alavancar a pedagogia no Brasil.Em 1855, o português Antonio de Castilho veio ao Brasil divulgar seu "Método" de alfabetização obra bastante apropriada para as escolas como para uso das famílias. Já o método de alfabetização de João de Deus foi introduzido a princípio na Escola Normal de São Paulo em 1883, pelo professor Antonio da Silva Jardim e, em 1897, o governo paulista importou vários exemplares da Cartilha Maternal de João de Deus para distribuir nas escolas do Estado, o que conseqüentemente influenciou a Província baiana.
De autoria anônima, a 1ª. edição das "cartas de ABC" é de 1905. Há, entretanto, indícios de que essa publicação é a introdução do Livro da Infância de Augusto Emílio Zaluar, escritor português radicado no Rio de Janeiro. As "cartas de ABC" representam o método mais tradicional e antigo de alfabetização, conhecido como "método sintético": apresenta primeiro as letras do alfabeto (maiúsculas e minúsculas; de imprensa e manuscritas), depois apresenta segmentos de um, dois e três caracteres, em ordem alfabética a-é-i-ó-u, ba-bé-bi-bó-bu, ai-ei-oi-ui, bai-bei-boi-bui, etc e, por fim, palavras cujas sílabas são separadas por hífen An-tão, A-na, An-dei, A-mar; Ben-to, Bri-tes, Bus-car, Ba-ter, etc. Esse livro foi utilizado pelas escolas até 1956, data da 107ª. edição, o que demonstra a grande utilização desse modelo antigo de alfabetização. Em 1909, surge A Cartilha Analítica, cujo o método alfabetizava com palavras e sílabas e se opunha ao antigo sintético, que ensinava as letras, o bê-a-bá.
Para conciliar os dois métodos de alfabetização, o moderno e o antigo, foi criada a Nova Cartilha. De acordo com os registros da editora Melhoramentos, foram produzidos 825.000 exemplares desde a primeira edição, de 1916, até a última, a 185ª. edição de 1955.Publicada pela primeira vez em 1917, a Cartilha de Ensino Rápido de Leitura fez um sucesso extraordinário, atingiu 2.230 edições em 1936 e mais de seis milhões de exemplares vendidos. Dados da editora Melhoramentos indicam que, até 1941, ela já havia vendido mais de um milhão de exemplares, mantendo a média de tiragem por ano acima dos 100.000 exemplares até 1969. A partir de 1970, a produção caiu drasticamente para 40.000 exemplares e chegou, em 1976, com a tiragem de 1000 exemplares.
1ª. Edição da a Cartilha Sodré foi publicada em 1940. A partir da 46ª. edição, em 1948, passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição, a 273ª., foram produzidos 6.060.351 exemplares. Em 1977, ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini. Além da alteração no formato da cartilha, foram acrescentadas mais de 30 páginas.A cartilha Caminho Suave, cuja 1ª. edição é de 1948, parece ter sido um fenômeno de vendas no Brasil, calcula-se que todas edições, venderam 40 milhões de exemplares até a década de 1980, quando deixou de ser usada nas escolas brasileiras.
Lançada na década de 60 e reeditada em 1987, a cartilha Casinha Feliz foi o marco do método fônico no Brasil, o qual enfatizava a menor unidade da fala, o fonema, e sua representação na escrita. Ensinava-se primeiro as formas e os sons das vogais, para depois ensinar as consoantes e vogais, estabelecendo entre elas, relações cada vez mais complexas. Educadores passaram a trabalhar com textos diversificados nos diferentes suportes que circulavam na sociedade como livros, jornais, revistas, embalagens, bulas, entre outros. 











